segunda-feira, 29 de março de 2010

QUE HOMEM É ESTE?

QUE HOMEM É ESTE?







Para escrever sobre este homem, minha incapacidade é tamanha que lanço mão de palavras e frases lidas e ouvidas aqui ou acolá.


Tento. Escrevo e apago. Rabisco e risco. Arrisco-me. Nem assim me é fácil expressar o que gostaria de dizer. Mas se você esteve com ele por alguns minutos, ainda que tenha sido uma única vez, não terá dificuldade em entender o que tanto quero dizer e não consigo.


Que homem é este que:


doente, deu saúde a um incontável número de pessoas;


pobre de bens materiais, consolou numerosos ricos;


rico de bens espirituais, jamais esqueceu dos pobres;


sem poder humano, orientou e consolou poderosos;


sem dinheiro, enriqueceu o século em que nasceu;


sem títulos acadêmicos, apenas com o quarto ano primário, foi co-autor de verdadeira enciclopédia, versando os mais variados temas sobre Ciência, Filosofia e Religião;


apagando-se, iluminou nossos caminhos.


De sua boca jamais se ouviu uma palavra de pessimismo, ódio, condenação ou revolta. Sua vida foi toda dedicada para que “a fé se elevasse, a esperança crescesse, a bondade se expandisse e o amor triunfasse sobre todas as causas”.


Que homem é este que, apesar dos sofrimentos que experimentou em toda a vida, ainda consegue:


sorrir além do consaço;


servir apesar das doenças;


sofrer sem reclamar;


fazer o bem aos que lhe fazem mal;


orar pelos que o perseguem e caluniam;


ajudar desinteressadamente;


conversar com os animais;


amar todos os seres;


publicar quatrocentos e dez livros, com vinte milhões de exemplares vendidos*, sem nunca receber um centavo de direitos autorais.


Que homem é este que, há muitos anos, capa e assunto das principais revistas e jornais do país, nunca perdeu a simplicidade?


Que homem é este que, após alguns anos retido em sua casa por doenças graves, bastou a simples notícia de que havia voltado a atender para que milhares de pessoas acorressem à cidade onde mora, simplesmente para vê-lo?


Que homem é este que resistiu oitenta e nove anos** de massacre com a mesma paciência e serenidade dos primeiros seguidores de Jesus?


Que nunca se cansa de fazer o bem?


Nunca perguntei a este homem se ele é feliz, mas deve ser, porque faz a vontade de Deus.


Ele tem um jeito manso de falar, um olhar límpido como um céu sem nuvens, um sorriso franco de quem é autêntico...


Este homem não consegue mais falar sobre o Cristo sem se emocionar até as lágrimas.


Seu nome é Chico, o nosso Chico, um homem feito só de amor.


Seu nome é Chico, Chico Xavier, a paz que todo mundo quer.



Livro: Momentos Com Chico Xavier

Adelino da Silveira

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